quinta-feira, 28 de março de 2013

O que é educação e bons modos pra você?


Fico pensando sobre quando as pessoas reclamam que falo palavrão. Primeiro eu não concordo que eu falo palavrão... Não gosto de palavras grandes. São complicadas. Prefiro as pequenas, mas potentes. Pode ser um “merda” e pra mim tá bom.  Um “fudeu” então... meus queridos, como diz aquele texto: um “fudeu” tem conotações que só um “fudeu” tem. Tem gente que insiste que é falta de educação, vejam só! Não que eu esteja defendendo o uso de tais ferramentas em sala de reunião.  
Feio mesmo é não dizer obrigado, com licença e por favor. Minha professora lá da pré-escola me ensinou. Tem tanta gente que parece que não teve “tia” na escola. Feio é fazer cara feia só porque vou esperar alguém atravessar na faixa de pedestres. Ok, não é fácil ter paciência mesmo. Aquele senhor lá, 1975 (achou que era o ano de nascimento, né?) anos, com aquela bengala... puxa... como demora... Mas o quê queria que eu fizesse? Ele não vai conseguir correr, mal consegue andar.
                Feio também é ver grávida, idoso, mãe com criança no colo em pé em ônibus e não ceder lugar. É ver fila grande e tentar passar na frente, furar. Feio é não retribuir os bons dias e boas tardes e boas sei-lá-o-quê que recebe.
Horroroso é tentar passar as pessoas pra trás no troco, no preço, na informação. De mau gosto é não permitir que as pessoas tenham acesso à educação. E não é só o de escola não, é formação de caráter mesmo. É o livro que não se empresta. A informação que não se partilha.
 Sem modos é alguém só ver telejornal, de quinta categoria, e achar que sabe sobre política, sobre antropologia e sociologia e que o Mundo é errado e feio, porque é o mundo, oras! Não, meu senhor! O mundo é feio, porque você, meu amigo, usa a lente errada.
De péssima postura é esperar que meninas fossem bonecas e mulheres sejam, além de bonecas, infláveis. Que meninos fossem iguais aos pais, e os pais iguais a eternos maridos de barbies.
Esperar que as pessoas não fossem o que são só pra satisfação de uma bolha, nada natural, diga-se de passagem, criado pela publicidade, baseado na elite que nem mesmo ela, a elite, consegue ser.
Pra mim, quem tem que ganhar diploma de “grosseirão” é quem diz que cultura é elitizada, que pobre é favelado e que quem tem casa grande em bairro chique é que “tá bem”. Se for no estrangeiro então...
E depois de pensar em tudo isso, ainda me pergunto como tem gente que me diz que sou sem educação? Não sabia que o meu “puta merda!” quando tô feliz ou meu “mais que bosta” quando um projeto não saiu como eu queria, fossem tão ruins assim. Bem... “foda-se!” eu não me importo. Pronto!  

Um comentário: